
A proposta deste trabalho é estudar o livro K. Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski, levando em consideração a construção espacial do Brasil ditatorial pela narrativa. Interessa-nos observar os aspectos do livro que nos remetem ao universo labiríntico de Kafka, em O processo; a caracterização dos espaços marcados pela repressão; e o olhar crítico de estranhamento de um estrangeiro sobre a ditadura militar no Brasil. Para isso, recorreremos à definição de não-lugar desenvolvida por Augé (2009), a fim de pensar de que forma a ficção de Kucinski caracteriza alguns espaços da estrutura repressiva como locais de passagem, que não criam identidade nem relações, mas tensão solitária; locais onde o indivíduo precisa estar sempre provando sua inocência.
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