
Este ensaio visa discutir o legado do romance noir na ficção policial contemporânea, produzida fora do centro hegemônico de poder, representada aqui pelo romance Death in Little Tokyo (1996), de Dale Furutani. A partir do conceito do detetive metafísico que se caracteriza por questionar a natureza da realidade e os limites do conhecimento, propõe-se discutir como essas obras constituem narrativas que procuram resgatar a memória, a história e a cultura de comunidades marginalizadas. Típico da ficção policial da modernidade tardia, o detetive metafísico não compartilha das certezas do detetive positivista, caracterizando-se como um sucessor do detetive hardboiled. Pretende-se discutir como essa releitura do romance noir dialoga com os textos da literatura policial “hegemônica”, inscrevendo-os na tradição e subvertendo-os a um só tempo.
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